A BSBIOS em Passo Fundo possui uma planta industrial capaz de processar a soja vinda do produtor e transformá-la diretamente em farelos de soja, biodiesel, óleo degomado de soja e seus subprodutos. Pode processar mais de 1 milhão toneladas de soja/ano, produzindo farelos de soja e óleo degomado.
A planta de produção utiliza a tecnologia da americana Crown Iron Works, o que possibilita produtos de qualidade e controle do processo integrado em todas as etapas. A tecnologia e os projetos são da Crown Iron Works, mas toda a fabricação, montagem e execução do projeto foram feitas pela gaúcha Intecnial S/A, situada na cidade de Erechim.
Os demais equipamentos, assim como toda a infraestrutura de recebimento e armazenagem, construções civis, estruturas e demais instalações também foram feitas por empresas gaúchas, beneficiando a indústria local de Passo Fundo e região, bem como do estado.
Abaixo uma ilustração que mostra toda a etapa de processamento da soja para a produção do biodiesel e dos demais produtos da cadeia da soja que a BSBIOS possui em Passo Fundo, produzindo energia limpa e produtos de alta qualidade.
Planta de Recebimento e Armazenagem de Grãos da Unidade Industrial - Passo Fundo
A estrutura de recebimento de grãos começa desde a chegada dos caminhões até chegarem às nossas moegas.
Após serem identificados, os caminhões vão para o prédio de classificação, onde serão amostrados para analisar a qualidade da matéria-prima, de forma a manter a qualidade dos processos industriais. Depois disso seguem para a checagem de peso e em seguida acessam a área de moegas.
Contamos com cinco moegas com capacidade estática de pelo menos 1.000 toneladas de grãos. Duas moegas são equipadas com plataformas hidráulicas de descarga de caminhões SAUR (tombador) de ultima geração e cada uma delas pode descarregar até 08 caminhões por hora. Com isso, o fluxo de recebimento pode chegar a 600 ton/h de grãos, que se operarmos 24 horas podemos descarregar 12.000 toneladas de grãos.
Depois disso a soja é beneficiada (limpeza) em peneiras de alta capacidade, dotadas de alta tecnologia no processo de limpeza, sem agredir o meio ambiente, pois possuem filtros mangas que retém os particulados (pó) separados na limpeza dos grãos.
Dependendo do nível de umidade dos grãos os mesmos devem passar pelo processo de secagem. Nossas instalações estão dotadas de dois secadores Kepler Weber, com alimentação automática de lenha, com capacidade de 125 ton/h de grãos cada um.
Após estas etapas o grão é finalmente armazenado em dois armazéns de fundo “V”, sendo um de capacidade 90.000 toneladas e outro de 30.000 toneladas. Os dois armazéns possuem modernos sistemas de monitoramento da temperatura dos grãos com correção e manutenção da temperatura por sistema automático de aeração, sintonizado com informações de uma pequena central meteorológica, garantindo a qualidade do grão para o processamento o ano todo.
Planta de Crushing
A planta de crushing é dotada de tecnologia de ponta no processamento de grãos, com equipamentos de última geração. O crushing é dividido em 3 etapas: preparação do grão, extração por solvente, tratamento e armazenagem de óleo e farelos.
Nossa planta de preparação possui uma das mais modernas tecnologia de preparo da semente, obtendo o máximo de rendimento. Com a tecnologia do equipamento chamado VSC (Vertical Seed Conditioner), equipamento que permite em uma mesma etapa a secagem e condicionamento do grão, podemos processar soja com até 13% de umidade, fato este que agiliza as operações de descarga e secagem da soja.
Nossa preparação possui o “warming dehulling”, que é a separação de casca “em morno”, que nos permite trabalhar com proteínas de farelo acima de 45,5 até 48%. Este sistema faz o tratamento térmico da casca separada, que pode ser incorporada no farelo a qualquer momento.
A etapa de extração por solvente se faz com o extrator o extrator modelo III da Crown, extrator de camada baixa, robusto, de fácil manutenção e que permite trabalhar com residuais de óleo bem abaixo dos valores normais para planta de extração.
A dessolventização, tostagem, secagem e resfriamento do farelo após o extrator é feito em um único equipamento, o DTDC, em Inglês, ou DTSR (Dessolventizador, Tostador, Secador e Resfriador).
A remoção do solvente do óleo é feita por uma destilaria simples e robusta, permitindo trabalhar com perdas de solvente bem abaixo dos valores normalmente encontradas nas plantas de extração.
Depois destas etapas os produtos, óleo e farelo seguem para serem tratados antes do armazenamento. O óleo bruto será tratado na planta de degomagem, ver figura abaixo, onde terá o seu teor de fósforo reduzido aos padrões normais para o processamento do biodiesel ou até mesmo para comercialização.
O farelo produzido retorna ao mesmo prédio da preparação dos grãos, layout otimizado, onde recebe tratamento de peneiramento e moagem a moinhos de martelos, para adequação da granulometria e posterior armazenagem.
Expedição dos Produtos
O óleo degomado de soja segue para os tanques de armazenagem que ficam na planta de produção do biodiesel. O farelo produzido segue para um armazém de fundo plano, capacidade estática de 62 mil toneladas, de onde pode ser expedido pelos modais rodoviário ou ferroviário.
Nestes dois modais de transporte juntos, podemos expedir até 3.500 toneladas em um unico dia, o que representa aproximadamente 40 vagões e 55 caminhões. O fluxo de expedição é de até 220 toneladas por hora em ambos os modais. Nosso pátio de vagões, construído de acordo com as especificações da concessionária de vagões, suporta a movimentação de mais de 40 vagões.
Automação, Operação e Controle
Toda a planta é automatizada, otimizando e agilizando os processos, requerendo mão de obra técnica e especializada para a operação. As áreas de armazenagem e expedição operam em horários comerciais, com atendimento aos sábados, e as áreas produtivos em 04 turnos de 06 horas.
Temos uma sala de comando central de onde todas as plantas podem ser operadas, pois as estações de controle e trabalho são redundantes.