Notícias

Voltar

APROBIO entrega estudo de impacto ambiental e saúde pública para órgãos federais


ministerio saude aprobio



O presidente da Associação dos Produtores de Biodiesel do Brasil (APROBIO), Erasmo Battistella, o vice-presidente da entidade, Orlando Palocci, e o seu diretor superintendente, Júlio Minelli, estiveram nesta quarta-feira (08/07) em Brasília (DF) acompanhados do professor Paulo Saldiva, da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), para apresentar um estudo sobre o impacto ambiental e de saúde publica de acordo com o uso progressivo de biodiesel nos veículos movidos a diesel no Brasil.



 Feito pelo Instituto Saúde e Sustentabilidade, do qual Paulo Saldiva é presidente de honra, o estudo foi realizado em seis capitais – Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Recife, Curitiba e São Paulo – e mostra que o uso do biocombustível em proporções maiores que os atuais 7% por litro de diesel previstos em lei pode, até 2025, contribuir para reduzir 52 mil internações hospitalares por doenças relacionadas à poluição do ar e salvar quase 9 mil vidas pelos mesmos motivos, o que representa uma economia de mais de R$ 2 bilhões para os sistemas de saúde pública de estados e municípios.



 Os representantes da Associação e o médico especialista em doenças respiratórias apresentaram a pesquisa ao presidente da Frente Parlamentar do Biodiesel, deputado Evandro Gussi (PV-SP), na Diretoria de Fiscalização e Saúde do Ministério da Saúde, acompanhados do deputado Elvino Bohn Gass (PT-RS), diretor da mesma Frente Parlamentar. Por fim, o documento também foi entregue em reunião da Comissão Executiva Interministerial do Biodiesel da Casa Civil da Presidência da República.



Segundo Saldiva, o biodiesel utilizado hoje na proporção de 7% por litro de diesel em todo o País ajuda a evitar nas regiões metropolitanas de São Paulo e Rio de Janeiro 200 mortes por ano por doenças relacionadas à poluição atmosférica. Este é o mesmo numero de pessoas que devem morrer de dengue em São Paulo, segundo o Ministério da Saúde.



“À medida que subir a presença do biodiesel na frota brasileira, este número – de mortes evitadas – aumenta”, explicou o professor Paulo Saldiva.



Erasmo Battistella reiterou que os resultados do estudo são surpreendentes e servem de instrumento para políticas públicas não só de energia e combustíveis, mas, acima de tudo, de saúde. “O setor produtor de biodiesel no Brasil entende que poderia ser adotado todas as cidades com mais de 500 mil habitantes o chamado B-20 [com 20% de biodiesel por litro de diesel] no transporte público. E no próximo ano chegar a B-10 [com 10% de biodiesel por litro de diesel] em todos os veículos que hoje circulam com B-7”, disse o presidente da APROBIO.



Rio de Janeiro



Nesta quinta-feira (09/07) o presidente da APROBIO, Erasmo Carlos Battistella, e o diretor-superintendente da Associação, Julio Cesar Minelli, tiveram audiência com o subsecretário municipal de Meio Ambiente do Rio de Janeiro, Altamirando Fernandes Moraes, e o gerente de Mudanças Climáticas da Secretaria, Nelson Moreira Franco.



O subsecretário salientou que o biocombustível poderia ser usado no sistema de BTR (Bus Rapid Transport) que a cidade está implantando para as Olimpíadas do próximo ano. A prefeitura carioca solicitou à Agência Nacional de Petróleo Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) autorização para utilizar biodiesel B20 (20% por litro de diesel) em milhares de ônibus da frota de transporte coletivo municipal durante a competição.



Nelson Moreira Franco, por sua vez, destacou a medição de emissões que a Secretaria faz, a ciclovia carioca, uma das maiores da América Latina, e as estações de tratamento de emissões em operação na cidade. Todos ficaram de evoluir as tratativas para que a municipalidade adote cada vez mais políticas de combustíveis de fontes renováveis.



A mistura de 20% é uma das reivindicações da APROBIO ao governo federal para ser adotada em todas as regiões metropolitanas com mais de 500 mil habitantes, além da edição de um novo marco regulatório, que confira segurança jurídica e regulatória ao setor, para que haja previsibilidade de mercado e permitir, assim, o planejamento dos investimentos.



Fonte: APROBIO