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Secretário de Agricultura do Rio Grande do Sul defende aumento de percentual de adição de biodiesel


Nessa quarta-feira (06), durante a reunião da Câmara Temática da Agroenergia da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio, no auditório central da Expodireto, em Não-Me-Toque (RS) foram discutidas tendências e rumos da agroenergia gaúcha. Estiveram coordenando os trabalhos o secretário da pasta Luiz Fernando Mainardi e o coordenador da Câmara Valdir Zonin.



Em seu pronunciamento o secretário afirmou que o B7 (que é a adição de 7% de biodiesel ao óleo diesel fóssil) não pode mais esperar e precisa de uma definição do governo federal. “Estamos parados e os governantes não explicam porque não há um avanço no Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel – PNPB. Com o biodiesel gerasse riqueza, processamos o grão no Estado, produzindo farelo e outros produtos, deixando de exportar o grão in natura,” afirmou Mainardi.



O superintendente da Associação dos Produtores de Biodiesel do Brasil – APROBIO, Julio Minelli, corroborou com as afirmações acrescentando que com a produção dessa energia renovável agrega-se 113% a mais de emprego e 35% a mais de Produto Interno Bruto - PIB se comparado ao diesel fóssil. “O país e o Rio Grande do Sul tem condições industriais e disponibilidade de matéria prima para chegarmos ao B10, almejamos um aumento gradativo de percentual,” destacou Minelli.



“É fundamental o aumento de mistura obrigatória,” proclamou o Presidente da Câmara Nacional do Biodiesel, Odacir Klein. Ele acrescentou que o programa envolve uma grande cadeia produtiva, inclusive inserindo a agricultura familiar. No Rio Grande do Sul as usinas que detém o Selo Combustível Social, um componente de identificação concedido pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário - MDA aos produtores de biodiesel que promovam a inclusão social e o desenvolvimento regional por meio de geração de emprego e renda para os agricultores familiares enquadrados nos critérios do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar – Pronaf, adquirem 35% de sua matéria prima da agricultura familiar.



Outros pontos como a diversificação de culturas, como a produção e a pesquisa da cultura da canola também foram citados no evento. “A Embrapa-Trigo está empenhada em um projeto de pesquisa para tornar a cultura mais competitiva, produtiva e aumentar a área de produção,” frisou o chefe-geral Sérgio Dotto.



No final do evento foram feitos encaminhamentos dos palestrantes e dos participantes de outras entidades presentes em um documento que será encaminhado ao Governador do Rio Grande do Sul Tarso Genro e a Câmara Nacional do Biodiesel.